Objetivos

O blog foi criado como uma ferramenta para divulgação dos trabalhos do projeto Biodiversidade Urbana de Cascavel que teve início em 2007, mas teve seus trabalhos desenvolvidos de forma mais sistemática a partir de 2008. O Projeto visa o conhecimento e a divulgação da diversidade de vida existente em espaços urbanos, no caso da cidade de Cascavel no Paraná.
Iniciamos com os componentes de fauna e flora, mas conforme a evolução e disponibilização de informações outros temas poderão ser abarcados. Em relação a fauna o blog será alimentado por fotos tiradas por nós ou por qualquer colaborador que as queira dividir e por encontradas em acervos públicos ou privados. Em relação a flora incialmente estaremos postando as fotos do Museu Botânico Itinerante, resultante da atuação de estagiárias da UNIOESTE, curso de Ciências biológicas, que pesquisaram, coletaram e processaram todo o material oriundo de áreas verdes do município de Cascavel, Paraná.

Nossa pretenção é de regularmente atualizarmos o blog com informações novas .



Obrigado, boa visita e volte sempre!



Luís Eduardo da Silveira Delgado (Dado)



Obs: Lá no final do blog há um livro de visitas, deixe seu recado!


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Eletricidade realmente sustentável- Coluna Ambiente por Inteiro



Eletricidade realmente sustentável,       01/02/2011 


 Um aspecto desagradável do ambientalismo é a facilidade com que temos nossa atenção desviada, como a criança que fica feliz de ir ao dentista porque vai ganhar sorvete depois.
A pressão do executivo para construir a usina de Belo Monte é antiga, já foi o pivot da saída de Marina Silva, esteve relacionada também com a demissão de Roberto Messias e agora causou a demissão de Abelardo Bayma, que já havia assinado a licença da Hidrelétrica de Teles Pires (posteriormente suspensa por liminar da juíza Hind Ghassan Kayath, da 9a. Vara da Justiça Federal). Tendo feito mais esta vítima, não resta agora muito mais quadros do PT dispostos a arcar com a responsabilidade.
Como dizia, ambientalistas se perdem facilmente nos detalhes. Ainda mais sério que os inúmeros problemas de Belo Monte ou Teles Pires, é nos perguntarmos para quê precisamos de energia elétrica.
Antes da construção da usina, a resposta é “Precisamos de energia para hospitais, escolas e empregos”. Depois de construídas, subsidiamos energia para produção de alumínio, em especial na região Norte, onde cada gigawatt aplicado no beneficiamento da bauxita cria 2,4 empregos para exportar lingotes de alumínio. O lucro fica com os acionistas, o prejuízo é rateado entre os brasileiros (pagadores e não pagadores de impostos).
A construção de hidrelétricas para valorizar ações de empresas internacionais não é um problema ambiental ou social. Se o país não recebe pelo custo verdadeiro da energia elétrica, estamos simplesmente sendo roubados.
Além deste interesse, há também os 19 bilhões de reais em obras para Belo Monte, acrescidos da rede de transmissão e muito certamente dos adendos de projeto que multiplicam o preço.
Se economizarmos, há energia equivalente a muitas usinas para ser ganha. E a culpa do gasto de energia não é do Pedrinho que larga acesa a luz do quarto como se fosse sócio da companhia de luz. É do governo que não transforma o aquecimento solar de água em mania nacional. Ontem tomei um banho quente na chuva só porque a água passava por uma laje aquecida ao sol. As poucas pessoas que possuem coletores solares no teto de suas casas estão mortas de saber disto, mas é novidade para a maioria que usa a preciosa energia elétrica para aquecer água.
Não pense que sua eletricidade é limpa porque vem, em grande parte, da queda de uma cachoeira. Além da área ocupada pelo lago e de seu assoreamento (entupimento) com terra, há também a emissão de metano. A não ser por um trabalho publicado por Phillip Fearnside em 1995, não fazemos o trabalho óbvio de medir quanto metano sai do lago e somar com aquele que é liberado ao passar pelo “liquidificador” da turbina. No caso de Balbina, libera-se mais metano que uma usina termoelétrica equivalente.
Assim como no caso da semana passada [O produto realmente sustentável], a única energia realmente limpa é aquela que deixamos de consumir.
Efraim Rodrigues

Efraim Rodrigues, Ph.D., é Doutor pela Universidade de Harvard, Professor Associado de Recursos Naturais da Universidade Estadual de Londrina, consultor do programa FODEPAL da FAO-ONU, autor dos livros Biologia da Conservação e Histórias Impublicáveis sobre trabalhos acadêmicos e seus autores. Também ajuda escolas do Vale do Paraíba-SP, Brasília-DF, Curitiba e Londrina-PR a transformar lixo de cozinha em adubo orgânico e a coletar água da chuva

Tomodon dorsatus

Tomodon dorsatus
Serpente encontrada no Parque Municipal Danilo Galafassi, Cascavel. Jul/2010. Quem identificou foi o Marcos Born que indica uma bibliografia: CITADINI, Jessyca Michele. A influência da temperatura no comportamento defensivo em Tomodon dorsatus (Serpente, Dipsadidae).