Objetivos

O blog foi criado como uma ferramenta para divulgação dos trabalhos do projeto Biodiversidade Urbana de Cascavel que teve início em 2007, mas teve seus trabalhos desenvolvidos de forma mais sistemática a partir de 2008. O Projeto visa o conhecimento e a divulgação da diversidade de vida existente em espaços urbanos, no caso da cidade de Cascavel no Paraná.
Iniciamos com os componentes de fauna e flora, mas conforme a evolução e disponibilização de informações outros temas poderão ser abarcados. Em relação a fauna o blog será alimentado por fotos tiradas por nós ou por qualquer colaborador que as queira dividir e por encontradas em acervos públicos ou privados. Em relação a flora incialmente estaremos postando as fotos do Museu Botânico Itinerante, resultante da atuação de estagiárias da UNIOESTE, curso de Ciências biológicas, que pesquisaram, coletaram e processaram todo o material oriundo de áreas verdes do município de Cascavel, Paraná.

Nossa pretenção é de regularmente atualizarmos o blog com informações novas .



Obrigado, boa visita e volte sempre!



Luís Eduardo da Silveira Delgado (Dado)



Obs: Lá no final do blog há um livro de visitas, deixe seu recado!


quarta-feira, 16 de março de 2011

Um Mundo Sem Abelhas. Coluna Ambiente por Inteiro/ Efraim Rodrigues

Não é só na União da Ilha que a ala dos Insetos e Aracnídeos neste ano ficou meio decaída. Ao redor do mundo, colônias de abelhas estão morrendo maciçamente desde o carnaval de 2006.

Em cinco continentes o sintoma é o mesmo. Colônias com poucos indivíduos maduros, ou absolutamente sem indivíduos. A rainha permanece viva e não há abelhas mortas na colméia.
Como será o mundo sem abelhas ? O problema é bem mais sério do só que não haver mais mel no mundo. Muitas plantas dependem de serem polinizadas para produzirem. Apesar de todas transformações genéticas, fruto não existem só para a gente comer. Plantas produzem frutos para nutrir o desenvolvimento da plantinha pequena ou para serem comidas por animais que irão dispersar a semente. De toda forma, sem semente não tem fruto, e sem pólen não tem semente. Como as abelhas são grandes transportadoras de pólen, o resultado é que acabando as abelhas, irão acabar também muitos frutos. Café, abacate, maça e cacau são alguns dos produtos que irão sofrer com a falta de abelhas. As perdas podem chegar a 212 bilhões de dólares em todo mundo
Ao contrário do incêndio na cidade do samba, a causa do sumiço das abelhas não é conhecida. Já sabemos que há uma combinação de vírus e fungos nas abelhas encontradas mortas e que grandes apiários sofrem danos proporcionalmente maiores que os pequenos, reforçando a idéia que alguma doença esteja envolvida, mas ela não é a causa única. Para complicar ainda mais, o vírus é transmitido por um ácaro. A pesquisa tem enfocado em quatro áreas: Parasitas, estresses ambientais e cuidados com as abelhas, como má nutrição.
Algumas possibilidades inusitadas têm sido aventadas, como a telefonia celular, espécies transgênicas e agrotóxicos (esta última nem tão inusitada assim). Neste momento não me apresso para excluir nenhuma, mas um fato curioso mostra as forças envolvidas. No site do Serviço de Pesquisa Agrícola dos EUA há um destaque para um estudo que mostra não haver relação entre o declínio das colméias e agrotóxicos. Achei estranho e fui ler o artigo na PLOS-ONE de março de 2010, que encontrou “121 tipos de pesticidas nas amostras” e 98% das amostras de cera contaminadas”, “representando um nível notavelmente alto de elementos tóxicos na alimentação destes polinizadores”. Apesar dos termos empregados pelos autores, o Serviço de Pesquisa Agrícola estampa lá que “Não foram encontrados padrões específicos entre os resíduos e a morte de abelhas” colocando sob a vítima o custo de provar a culpa de seu algoz.
Empresas de agrotóxicos têm profundas e antigas ligações com a pesquisa governamental, em tese feita para auxiliar todos, não uns poucos. Não é só no Brasil que estas ligações são perigosas. Preste atenção no declínio das abelhas. Você vai pagar a conta com seu bolso ou sua saúde.
Efraim Rodruigues

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Filhotes de Primatas Humanos













                                                                                 Homo motormobilis


Tenho andado por ai, tentando a sorte na busca de fotos & fatos sobre a diversidade de vida na cidade. Em cada caminhada algo novo, um pássaro, uma árvore florida, algo assim. A vida na cidade é aquilo que alteramos, destruímos, construímos, e não estou tratando somente de coisas físicas, relações também se alteram, destroem, constroem e evoluem. As coisas físicas transformam as relações, as relações transformam as coisas físicas, sejam ela naturais ou artificiais.
Já houve um tempo em que as ruas eram das crianças que lá brincavam monitoradas pelos idosos nas cadeiras das calçadas ou que ficavam entreolhando pelas janelas abertas. Qualquer objeto deveria ser transformado antes de virar brinquedo, pois brinquedo era um conceito e não um objeto da loja.
Os rios abertos cruzavam as cidades, e todos sabiam que as nascentes eram os olhos d`água, e salvo as bicas não nasciam de canos PVC.
Perto estava o armazém do bairro, que não precisava anunciar em luminosas e escandalosas placas a sua existência.
Conheciam-se as pessoas e o sentido de comunidade era palpável.
Neste admirável mundo novo as coisas são diferentes, mas também poderiam ser mais diferentes ainda, tendo muitas coisas iguais e para todos.
Para que tenhamos mais tempo, andamos mais depressa, construímos carros e caminhos velozes, assim no ir e no voltar deveria nos sobrar mais tempo.

Tenho andado por ai, e o que menos vejo são as crianças fazendo uso do espaço de que deveria ser dado a elas. Segundo alguns vivemos num filiarcado, tendo em vista que nossa espécie passou de uma era r estrategista onde tínhamos muitos filhos pois poucos sobreviviam e então dispúnhamos pouco tempo para eles para uma era K estrategista, de gastarmos mais energia com a manutenção de poucos, e damos maior valor a tudo que é pouco. Mas, mesmo assim, confinamos nossos filhos em quartos e mundos virtuais, ou espaço alugados onde eles podem ser monitoradamente crianças.
Esta postagem é uma homenagem aos que tombaram na disputa deste território selvagem , aos que crianças ainda tentaram tomar o que é seu, mas que caíram diante de toneladas de ferro, aço e indiferença.

Tenho andado por aí sem ver crianças para fotografar.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mudança no clima causa enchentes?

São Paulo alagou mais uma vez nesta semana, mas esta foi muito pior porque eu estava lá.
Todos somos rápidos em concluir que as chuvas estão mais intensas por causa das alterações do clima. Já escrevi algumas vezes neste espaço que não havia relação confiável entre a mudança global e alterações locais, tais como a chuva paulistana.
O planeta é um sistema bem complicado e o aumento da temperatura global não implica obrigatoriamente em chuvas locais mais intensas. As nevascas nos EUA, por exemplo, fizeram com que um Senador Republicano ignorante construísse um Igloo em Washington, que ele chamou a "Casa de Al Gore". Assim como uma única nevasca não é prova da inexistência de efeito estufa, também não serão algumas chuvas a mais que serão prova conclusiva que com o aquecimento global teremos mais enchentes.
O cuidado científico pode parecer preciosismo, mas é importante porque gente poderosa tem gasto muito dinheiro para vender a idéia que "Há dúvidas se o clima está mudando". Basta um passinho em falso para este povo colocar sua máquina de mídia associada a pesquisadores vendidos dizendo "Estão vendo como TUDO está errado ??!"
Nesta semana mudei de opinião e não foi por ter presenciado a versão aquática do inferno. Um estudo publicado nesta semana na revista NATURE desenvolveu um modelo de clima mais acurado que os anteriores, e ele relaciona eventos climáticos locais com a alteração global do clima.
Há uma década que tem ocorrido mais eventos extremos de chuva no Hemisfério Norte, mas só agora foi possível ser conclusivo, rodando milhares de simulações de clima em alta resolução e comparando condições com e sem o efeitos estufa. O resultado é que a probabilidade de eventos extremos dobrou. O que era considerado um evento com probabilidade de ocorrer a cada 100 anos, irá agora ocorrer a cada 50 anos.
Por isso, eu acho que você deve ficar alguns anos longe das ações das seguradoras. Ao fim, somos nós que arcaremos com o aumento de enchentes, mas elas sofrerão prejuízo enquanto o preço dos seguros não sobe para cobrir o aumento das enchentes.

Estes estudos serão os precursores de muitos outros que irão debruçar-se sobre fenômenos locais como o derretimento da neve no Oeste Norte-Americano, a seca no Sul Africano e Europa e, espero, a concentração de chuvas na área da Floresta Atlântica, onde se soma um efeito global de alteração climática ao desmatamento local. Para isto, temos estrelas em ascensão como o Agroclimatólogo Marcelo Aguiar, recém chegado à Universidade, mas já prenhe de novas idéias.


                                                                                                          Quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011



                       Efraim Rodrigues

Bugio preto

                                                                                               Alouatta caraya

Este lindo animal de pelagem quase azul de tão preto é um macho. Se pensas que aquela boca mucha é devido a idade... acertou!. Pelo que sabemos lá pelos idos de 97-98, ele apareceu com que por encanto no Parque Danilo Galafassi e por lá ficou, livre. É pontual na sua busca diária por alimentos lá na cozinha do zoológico e de uma técnica e classse toda especial para comer as bananas que lhe são oferecidas, poderia dar aulas de etiqueta para muitos primatas humanos. Aqui está comendo folhas de um mamoeiro.   É muito fidalgo, após receber a comida e sentindo-se incomodado, simplesmente da as costas enquando degusta sua fruta voltando-se apenas quando concluído para pegar mais.
Posteriormente colocarei as fotos de tal fato.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Macaco-prego

                                                                                                  Cebus nigritus

Este filhote/jovem foi fotografado hoje (17/02/2011), no Parque Ecológico Paulo Gorski. Vi vários filhotes na garupa de suas mães e irmãos maiores o que vem demonstrar que a população vem aumentando. o que me imprecionou mais é que os animais estão mais acostumados com a presença humana e estão cada vez mais próximos. Verifiquei que estão recebendo alimentação dos visitantes. Devemos esperar para breve notícias de pessoas "atacadas" por macacos-pregos.  O fornecimento de alimentos poderá trazer a alteração do comportamento dos animais, aumento da população e doenças para os mesmos.  Poderemos ter no futuro um aumento maior na população e relatos de invasão dos mesmo nas residências próximas em busca de alimentos, e de acidentes com os mesmos. A pressão dos animais jovens nas disputas de hierarquia pode levar a vermos animais solitários andando pelos bairros da região do lago.
Além de todo o valor de existência e funções ecológicas tem também o papel de sentinelas de doenças humanas como as arboviroses.

10/06/2013
Recebo notícias que um animal adulto atacou uma criança na área do zoológico. Desde fevereiro os animais são vistos na área do Danilo Galafassi, tentando roubar ou ganhar comida dos recintos de seus congêneres. Uma preocupaçao é o impacto sobre as pinhas já que estão derrubando as verdes e assim prejudicar a regeneração dos antigos pinheiras. O consumo é duramente disputado com gralhas, homens e cutias. Um fato positivo é a possibilidade de dispersão de sementes homogeneizando as duas áreas em relação as espéceis vegetais. Estes animais vem sendo monitorados por duas estudantes de biologia da UNIOESTE, orientadas pelo Prof. José Flávio Candido Juior. Creio que a presença deva-se a fatores da população que vem crescendo também devido a suplementaçao alimentar e as grandes alteraçoes ambientais na região com a supressão de vegetação. O acesso ao Danilo Glafassi foi facilitado pelo corredor verde formado pelo adensamento de árvores no lado leste do lago, como um tranpolim ecológico.  Devemos lamentar o acidente e todos os transtornos....
Agora o nome dos macacos-pregos da região mudou para Sapajus nigrutus
Dado

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Furão

                                                                                                    Galictis cuja

A foto não está muito boa pois o animal saia da toca só para dar uma olhada e já se refugiava.
Foi tirada no Parque Municipal Danio Galafassi em 2010.  Já vimos bando de 4 animais atravessando o prolongamento da rua 13 de Maio, na porção de terra que liga o bairro Canadá, corriam em fila indiana. 
Andei vistoriando as imediações desta toca posteriormente mas não encontrei mais indícios de uso.

Tomodon dorsatus

Tomodon dorsatus
Serpente encontrada no Parque Municipal Danilo Galafassi, Cascavel. Jul/2010. Quem identificou foi o Marcos Born que indica uma bibliografia: CITADINI, Jessyca Michele. A influência da temperatura no comportamento defensivo em Tomodon dorsatus (Serpente, Dipsadidae).